Traços de escuridão cortam minha pele enquanto caminho no desconhecido.
Meus olhos desnorteiam-se nas sombras em busca da luz em um tunel aberto. Cercado por silêncio eloquente procuro a alma que me acompanha de longe, mas não, nada ainda.
Ainda penso que a verei cantando sua sinfonia. Sinfonia em vozes... suas vozes.
No chão o rastro, no rastro a terra, na terra o desejo, no desejo o sentimento, no sentimento a minh'alma, na minh'alma meu ego, no meu ego meu passado nebuloso, na névoa passada a água, na água a vida.
A vida que passou me desola... a vida que virá me assola.
Na vida que não tive sorri... na vida que temo ter morri.
A morte presente na vida, na semente, na mesa, na cruz...
Cruzes em costas humanas, impotentes... mortas.
Prossigo...
Os morcegos se aquietam, as corujas caçam, os ratos... fogem.
A lua beija-me a face...
Sim, eu sei que é o Sol através dela...
Eu não tenho a força de um anjo...
2 comentários:
impressionado...sme palavras
oK ?
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