sábado, 12 de janeiro de 2008

Enquanto a jornada dura...




Traços de escuridão cortam minha pele enquanto caminho no desconhecido.


Meus olhos desnorteiam-se nas sombras em busca da luz em um tunel aberto. Cercado por silêncio eloquente procuro a alma que me acompanha de longe, mas não, nada ainda.


Ainda penso que a verei cantando sua sinfonia. Sinfonia em vozes... suas vozes.


No chão o rastro, no rastro a terra, na terra o desejo, no desejo o sentimento, no sentimento a minh'alma, na minh'alma meu ego, no meu ego meu passado nebuloso, na névoa passada a água, na água a vida.


A vida que passou me desola... a vida que virá me assola.


Na vida que não tive sorri... na vida que temo ter morri.


A morte presente na vida, na semente, na mesa, na cruz...


Cruzes em costas humanas, impotentes... mortas.


Prossigo...


Os morcegos se aquietam, as corujas caçam, os ratos... fogem.


A lua beija-me a face...


Sim, eu sei que é o Sol através dela...


Eu não tenho a força de um anjo...

2 comentários:

Gian disse...

impressionado...sme palavras

Anônimo disse...

oK ?