domingo, 8 de novembro de 2009

Meurrealismo


A começar do vazio

Sou calado e mudo

As metas se morfam

Transformam-se em tudo

Traio a parcela de prisão

Cedendo aos devaneios

Sâo eles todos receios

De uma cela na mão


Voo e vou

Em boa hora

À pátria onde sou

O que não sou agora


Em mente o desejo

Inventar meus ensejos

Criar o que vejo

Amar algum beijo


Utopio-me

Enrolo-me

Dopo-me

Durmo-me

Sonho-me

Realizo-me


Aceita

Pois as coisas sem sentido

Desprovidas de possibilidades

Riem e constróem,no imaginário,

Minha urbe, minha cidade

Perfeita

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Do Poeta Demente


"Quem sou eu?", pergunta o poeta

A inspiração o deixou já faz algum tempo

Sua chama preferida, ele sente nunca ter acendido

Já se foram alguns sóis desde a última visita da paz

E a linha divisória entre carnaval e carnificina mental torna-se, a cada respiração, mais tênue

Tac-tac, tac-tac e o ruído do relógio mostra-se terrivelmente redundante, não é, poeta?

As risadas lembram-te o surrealismo dos artistas mortos

Possuem ecos agudos a uma distância eterna

Bem-vindo ao show de aberrações!

Os passos fantasiosos se aproximam

As igrejas soam seus sinos artificiais

"Não há futuro imediato", eles tinem berrando de uma caixa de som
Medo, medo, medo!!!

Cinza, cinza, cinza!!!

Tua mente, agora, é cobaia e laboratório

Ah, poeta

Louco!!!

Louco!!!

Não és senão um aglomerado qualquer

Como os piores e desqualificados locais da rede mundial

Células mortas que vivem

O avesso recíproco da ressurreição

A inspiração o deixou já faz algum tempo

e queres perguntar a mim quem és tu?

Vai-te! São ou não, mas afasta-te daqui

Suma, aberração, a ninguém pertences

E ninguém pertence a ti

Em teu nome não há propriedades, amigos ou mulher

Fuja covarde!

Para bem longe, bem tarde

Bem tarde!!!

Desajeitado!!!

Desrítmico!!!

Não és poeta, és demente

De mente agoniada

Quem sois?

Adeus, inútil aberração!

Bobo, já vai tarde...

domingo, 26 de abril de 2009

Análise...


Para cá novamente, num vazio existencial tão grande quanto eu posso ser.

Nunca considerei a internet uma amiga, é tão somente uma ferramenta, uma técnica à qual chegamos após milhares de anos, fria, lógica, traiçoeira, distanciadora, isoladora, mentirosa... Ainda assim me serve de agente/objeto para uma catarse.

Catarse é uma forma de purificação, prefiro uma comparação com o termo "exorcismo" que vem bem a calhar hoje em dia. Não acho que estou possuído por coisa alguma de outro mundo, mas pelos tão cruéis pensamentos, pois, se cabeça vazia é oficina do diabo, o outro extremo, também, é sinônimo. Não falo do pensamento produtivo (aquele que nos faz romper com práticas ruins, antiquadas e defasadas), mas do vaguear da menteem mares de lembranças e desesperanças. Minha mente... não. Não vou me lamentar, até porque não é legal sorrir para a solidão, mas incomoda ser ela a nossa única platéia.


Mas gostaria de mandar às favas todos os impossibilitadores da melhoria de todas as coisas. Sim, quero que se explodam os beberrões inconsequentes, os riquinhos que curtem a vida sob o sangue derramado pelo poder das drogas e sequer sentem remorso. Gostaria que todos os líderes religiosos tomassem estricnina, não importando se são provenientes do ocidente, do oriente ou do inferno que o valha. Queria que os problematizadores da existência simples do bem de todos tropeçassem numa pedra qualquer durante uma excursão turística nas beiradas do Grand Kenion. Queria que meus complexos cessassem amanhã (para dar tempo de uma ultima dose de auto-piedade, afinal vício é vício). QUERIA O FIM DOS GOVERNOS OU, COMO MELHOR SERIA LIDO, DOS ESTADOS INSTITUCIONALIZADOS.


Se eu quiser continuo outrora... Passar bem!!!