domingo, 17 de fevereiro de 2008

Vida, um delírio!


Isso aqui tudo é um delírio. Um sonho na madrugada de um doente.

Acho que a humanidade toda está em um sonho, ou melhor... um delírio. Um delírio difícil de acordar. Dizem que sonhos são sinais... não sei se delírios são sonhos ou alucinações, acho que são sonhos alucinados cujos sinais são ininteligíveis, dificil a compreensão... difícil. Existe tão profundo significado em cada um destes elementos que minha mente superficial não os compreende e, assim, vejo que o pardal no fio da luz é tão somente o pardal no fio da luz.


No meu delírio vejo o fogo crescendo ao meu redor. Poderia jurar que as chamas possuíam mãos e rostos aterrorizantes e gritavam como que para me assustar. Corria por um caminho entre elas. Alguém me xingava, mas eu aprendi a ignorar os insultos, seria superior. Sentia chibatadas nos ombros, socos na cara, mas não queria ver ninguém. Corria. Entrava por uma esquina e respirava junto à parede, olhei... uma porta. Finalmente. Queria que estivesse chovendo lá dentro... e poderia, não era um delírio? O suor me banhava numa aspersão salgada que fazia meus olhos arderem. Caminhei até a porta, mas ela flutuava ao longe, então passei a correr e ela nunca saía do lugar. Olhei atrás meio apavorado, meio ignorante de tudo aquilo... Ninguém. Pelo menos poderia tentar a porta onde chov... Cadê a porta? Cadê a porcaria da porta!!!!!?

Corria, corria... Não havia brisa no meu rosto, por quê? Que é isso? Estava numa esteira, numa esteira de academia.

Todos riam em volta, mas não era de mim, era da vida, do delírio, estavam delirando com certeza.

Um barulho. Um grito agudo e breve que saía de mim. Meu braço direito formigava, havia marcas nele, marcas de dedos, quatro dedos. Me empurraram! Quem? Não sei, mas caí, caí em cima de um colchão no chão sem uma cama que apoiasse. Havia um espelho no colchão. Um susto, minha cara estava marcada... vergões.

Mas o que é isso? Quem está me perseguindo?

Risadas...

Agora eu sei, riem de mim, tenho certeza, posso sentir isso, mas quem? Quem?

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo bem?
Não temos que entender a vida sabe,há´coisas que nem Freud seria capaz de nos decifrar...
Um abraço!