sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Noite


Lá se vai a noite a fora, navegando pelo ar

Serena e límpida, fria, mas não gelada

Com a lua em suas costas voa enquanto o sol disfarça.

Enquanto voa atrai e distrai os poetas tristes

Destoa a melodia, sobe uma nota, depois outra.

Até fazê-lo esperar por algo novamente.


Enquanto Órion persegue o escorpião

Eu durmo sonhando com a paz.

Num caminho íngreme ela fugiu de mim

Se ela se põe eu me ponho a nascer.


Nunca a achei, mas ela me visita.

Sem bolos, sem chás...

Aparece num "olá" e se esvai num "até breve"

Pela noite esvoaça. Até já!


A noite é um depósito:

Medo, dor, arrepios, lágrimas, solidão...

É um baú de passados,

É a hora do ladrão.


Mas na noite enxergamos

As estrelas de um poeta feliz

Que desenha-se nelas

E reafirma ali o que diz:

Estou aqui...

Bem baixinho...

Bem baixinho...

Tão alto vemos que lhe pedimos...

Tão baixo fala que não ouvimos...


A noite é a melhor das épocas do dia...

4 comentários:

Anônimo disse...

Você escreve bem, gostei de suas poesias...
até mais!

Anônimo disse...

Desculpa, acabei não escrevendo o meu nome.
Sou eu sim, o Alexandre, aquele que estava na Drogasil.

Flip disse...

parabens, muito bom

Unknown disse...

Alma sensível, espírito inquietante, é o que voce me diz.
Muito bom o lirismo, mas sobre tudo tua responsabilidade com a verdade; pois em, em via de regra, percebo os poetas mais preocupados com a estética do que com a verdade das coisas.