
Lá se vai a noite a fora, navegando pelo ar
Serena e límpida, fria, mas não gelada
Com a lua em suas costas voa enquanto o sol disfarça.
Enquanto voa atrai e distrai os poetas tristes
Destoa a melodia, sobe uma nota, depois outra.
Até fazê-lo esperar por algo novamente.
Enquanto Órion persegue o escorpião
Eu durmo sonhando com a paz.
Num caminho íngreme ela fugiu de mim
Se ela se põe eu me ponho a nascer.
Nunca a achei, mas ela me visita.
Sem bolos, sem chás...
Aparece num "olá" e se esvai num "até breve"
Pela noite esvoaça. Até já!
A noite é um depósito:
Medo, dor, arrepios, lágrimas, solidão...
É um baú de passados,
É a hora do ladrão.
Mas na noite enxergamos
As estrelas de um poeta feliz
Que desenha-se nelas
E reafirma ali o que diz:
Estou aqui...
Bem baixinho...
Bem baixinho...
Tão alto vemos que lhe pedimos...
Tão baixo fala que não ouvimos...
A noite é a melhor das épocas do dia...
4 comentários:
Você escreve bem, gostei de suas poesias...
até mais!
Desculpa, acabei não escrevendo o meu nome.
Sou eu sim, o Alexandre, aquele que estava na Drogasil.
parabens, muito bom
Alma sensível, espírito inquietante, é o que voce me diz.
Muito bom o lirismo, mas sobre tudo tua responsabilidade com a verdade; pois em, em via de regra, percebo os poetas mais preocupados com a estética do que com a verdade das coisas.
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