
A inspiração o deixou já faz algum tempo
Sua chama preferida, ele sente nunca ter acendido
Já se foram alguns sóis desde a última visita da paz
E a linha divisória entre carnaval e carnificina mental torna-se, a cada respiração, mais tênue
Tac-tac, tac-tac e o ruído do relógio mostra-se terrivelmente redundante, não é, poeta?
As risadas lembram-te o surrealismo dos artistas mortos
Possuem ecos agudos a uma distância eterna
Bem-vindo ao show de aberrações!
Os passos fantasiosos se aproximam
As igrejas soam seus sinos artificiais
"Não há futuro imediato", eles tinem berrando de uma caixa de som
Medo, medo, medo!!!
Medo, medo, medo!!!
Cinza, cinza, cinza!!!
Tua mente, agora, é cobaia e laboratório
Ah, poeta
Louco!!!
Louco!!!
Não és senão um aglomerado qualquer
Como os piores e desqualificados locais da rede mundial
Células mortas que vivem
O avesso recíproco da ressurreição
A inspiração o deixou já faz algum tempo
e queres perguntar a mim quem és tu?
Vai-te! São ou não, mas afasta-te daqui
Suma, aberração, a ninguém pertences
E ninguém pertence a ti
Em teu nome não há propriedades, amigos ou mulher
Fuja covarde!
Para bem longe, bem tarde
Bem tarde!!!
Desajeitado!!!
Desrítmico!!!
Não és poeta, és demente
De mente agoniada
Quem sois?
Adeus, inútil aberração!
Bobo, já vai tarde...
Um comentário:
Ah...
que poeteiro...
algumas palavras ao tolo que escreve...
e me junto a ele na tolice...
pois na tolice me encerro, mas torno viva minha minima vida...
^^
Postar um comentário